quinta-feira, 9 de abril de 2009

Páscoa

A Festa anual da Páscoa

Não se pode precisar, mas deve ter sido no século II que, além de continuar celebrando o “primeiro dia da semana” como “o dia do Senhor”, se procurou solenizar, de um modo especial dentro do ano, o domingo concreto que coincidia com a Páscoa da ressurreição, isto é, o primeiro domingo depois da Páscoa judaica, com a lua cheia de primavera e na qual Cristo celebrou a última ceia na véspera de sua morte e três dias antes de ressuscitar.

Sentido do Tríduo Pascal
O Tríduo Pascal é a maior celebração das comunidades cristãs. A Páscoa é o centro do ano litúrgico, fonte que alimenta a nossa vida de fé. Celebrar o Tríduo Pascal da paixão e ressurreição do Senhor é celebrar a obra da redenção humana e da perfeita glorificação de Deus que o Cristo realizou quando, morrendo, destruiu a nossa morte e ressuscitando, renovou a vida.

Quando teve início o Tríduo Pascal?
No final do século IV, encontramos já organizado um tríduo pascal, que Santo Agostinho recomendava vivamente a seus fiéis. Formavam, em princípio, o tríduo: a sexta-feira, o sábado e o domingo. É no século VII que o tríduo se inicia com a “Ceia do Senhor” na tarde da quinta-feira, com o que fica ele constituído pela quinta-feira, pela sexta-feira e pelo sábado - aí incluída a vigília pascal. As três datas formam uma unidade: a celebração do mistério pascal.
O que celebramos na Quinta-feira Santa?
O Senhor celebrara com os seus a última ceia no contexto da páscoa judaica: a comemoração da passagem de Israel pelo Mar Vermelho. Nesse dia, Cristo inaugura a nova Páscoa, a da aliança nova e eterna, a de seu pão compartilhado e seu sangue derramado, a de seu amor levado ao extremo e do mandato do amor para nós, a de sua passagem pela morte à ressurreição, a Páscoa que devemos celebrar em sua comemoração. Eucaristia, sacerdócio, mandato do amor e nova Páscoa do Senhor são o conteúdo preciso da missa da Ceia do Senhor. O transporte das formas (hóstias) consagradas à urna para a comunhão da sexta-feira inicia-se no século XIII. O “monumento” (local físico) é elemento acidental e só encontra sentido em vinculação com o mistério celebrado: agradecimento ao amor de Cristo e oração-reflexão do mistério pascal.

O que celebramos na Sexta-feira Santa?
Como vem acontecendo há muito tempo, hoje não se celebra a missa, tendo lugar à celebração da morte do Senhor: o mistério que é celebrado é uma cruz dolorosa e sangrenta, mas ao mesmo tempo vitoriosa e resplandecente. Trata-se de morte, a de Cristo, real e tremenda; mas é passagem para uma vida ressuscitada e eterna. O amor de Deus, que é vida, terá mais poder do que o pecado do homem, que é morte. A celebração incorpora-nos à redenção de Cristo e a seu mistério de salvação universal: pela morte à vida.

O que celebramos na Vigília Pascal?
Contamos com documentos do início do século III, que apresentam alguns elementos desta celebração, tais como: jejum, oração, eucaristia - e até batismo, com a bênção da “fonte batismal”.
Vão-se acrescentando depois novos elementos: o canto do Exultet, que vemos documentado no século IV e a bênção do círio pascal, no século V. Pouco a pouco, foi-se enriquecendo esta última, que deve ser “a celebração das celebrações” para o cristão, e a que Santo Agostinho denominava “Mãe de todas as vigílias”.

É o Senhor quem nos convida a celebrar sua Páscoa!
Assim ouvimos com alegria: “Cristo ressuscitou, verdadeiramente, dos mortos”! Num duelo admirável a morte lutou contra a vida, e o Autor da vida se levanta triunfador da morte. Terminou o combate da luz com as trevas, combate histórico de Jesus com os fariseus e todas aquelas pessoas que não acolheram o Reino de Deus. Após as trevas brilhará o sol da Ressurreição! Nada, pois, mais necessário do que viver em intensidade estes dias sagrados e abrir os corações às inspirações divinas. Então a Páscoa será abençoada e sinal de novas conquistas e de vida plena para todos. Participe destes importantes dias onde celebramos a Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus Cristo. Boa Páscoa a todos vocês!

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©2007 '' Por Elke di Barros