quarta-feira, 24 de setembro de 2008

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Eucaristia e Espiritualidade do Catequista

Eucaristia e Espiritualidade do Catequista

Entre tantos assuntos de formação para catequistas, um dos mais pedidos é sobre mística e espiritualidade.

Para exercer a sua missão o(a) catequista necessita de uma formação espiritual. Por isso, o Estudo da CNBB nº 59, falando da formação de catequistas e citando o Diretório Catequético Geral n.º 114, diz: “A missão confiada ao catequista exige dele uma intensa vida sacramental e espiritual, o hábito da oração, o sentido profundo da excelência da mensagem cristã (...) a atitude de caridade, humildade e prudência”.

A mística é algo cultivado na pessoa que se transforma em paixão por uma causa. É a mística que mantém viva a força e a qualidade das opções e compromissos.

É como a água que mantém viva a planta. Mas, não se percebe a olho vivo que esta água está desde a raiz até na ponta das folhas.

A Espiritualidade está no modo de ser, viver, falar e agir das pessoas. Quando perguntamos: qual é a espiritualidade de tal santo? A resposta logo vem caracterizando o(a) santo(a) pelo que foi e fez. Por exemplo: Santa Paulina: amor aos pobres, doentes, pela sua simplicidade, grande ideal pela missão, amor profundo a Jesus Cristo, transformado em ação. A oração é o alimento que sustenta o ser e o agir.

JESUS É O CENTRO
DA ESPIRITUALIDADE

A maior fonte da espiritualidade é Jesus Cristo. Dele emanam outras fontes: a vida, a Palavra de Deus, a Eucaristia e a missão.

Jesus nos diz “Vem e segue-me”. Seremos preenchidos por Jesus se realmente o seguirmos sem restrições. É preciso deixar para traz a vida velha dos comodismos, irresponsabilidade, medo, consumismo... para assumir o caminho de Jesus, ou seja vida nova.

Em nosso modo de ser transparece uma espiritualidade do seguimento de Jesus quando a oração faz parte do nosso dia-a-dia, a fraternidade é sincera, a luta pela justiça é presente, a perseverança e o entusiasmo são constantes. Viver como Ele disse, viver como Ele viveu é a síntese da espiritualidade.

Na medida que vamos seguindo o Cristo Ressuscitado, seu Espírito que habita a Igreja nos inspira a ficarmos mais parecidos com Cristo, compreendendo e atualizando em nossa vida os mandamentos da Lei divina, especialmente o Amor a Deus e ao próximo e a fidelidade às orientações de vida dadas pelo Mestre no Sermão da Montanha.

Por isso, a conversão ao Reino é um processo nunca encerrado, tanto em nível pessoal quanto social, porque, se o Reino de Deus passa por realizações históricas, não se esgota nem se identifica com elas” (cf. P 193, 1221, 1159) (CR 193).

A espiritualidade cristã é por excelência a espiritualidade de Jesus segundo seu espírito. Suas atitudes deverão ser as nossas atitudes. Para nós, a exemplo de Paulo: Viver é o Cristo, e morrer com ele e por ele é o verdadeiro lucro (cf. Fl 1, 21).

EUCARISTIA, O SUSTENTO
DA ESPIRITUALIDADE

Na caminhada do/a catequista não pode faltar o alimento que gera o encontro com Cristo por excelência.

“A Eucaristia é o centro e o ponto culminante de toda a vida sacramental, fonte e ápice de toda a vida cristã e de toda a evangelização, raiz e centro da comunidade” (CR 227).

Daí a importância para o/a catequista achegar-se habitualmente desta fonte. A Eucaristia é o caminho de interação entre fé e vida. Alimentando-se desta riqueza, é possível assumir um comprometimento de viver como Jesus viveu e, ao mesmo tempo, solidarizar-se com a multidão que vive sem o pão diário.

A Eucaristia é memorial do acontecimento Pascal de Cristo: sua vida, morte e Ressurreição. Nós nos unimos a este memorial e junto com a comunidade vivenciamos com Ele o amor, a unidade, o serviço, a ação de graças de forma que se realize sempre mais a “Aliança em Cristo com Deus e possa nos provocar para tornar presente o amor-justiça, tanto na partilha de bens e dos dons, como até o martírio, se for preciso, a exemplo de Jesus Cristo” (CR 226).

A fração do pão, a Eucaristia provoca um novo relacionamento e este cria a fraternidade que produz a festa e a alegria, porque, não faltando a festa e a alegria, o pão será também festa de libertação.

Jesus nos chama de amigos ao experienciarmos com Ele o banquete eucarístico.

“Já não chamo vocês de servos, porque o servo não sabe o que seu dono faz, mas de amigos, porque tudo o que ouvi de meu Pai, eu dei a conhecer a vocês” (Jo 15, 15).

A força da Eucaristia, na nossa espiritualidade, nos ajudará a sermos renovados, iluminados e encarnados como fermento nas realidades e nas situações de nossas comunidades.

Olhando para este quadro, as fontes da Espiritualidade do(a) catequista, como elas se fazem presentes em nossa vida?

Escrever em forma de palavras.

©2007 '' Por Elke di Barros