segunda-feira, 21 de julho de 2008

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Origem

A "Salve Rainha" é uma das orações mais populares entre os católicos. De tão repetida, é rezada às vezes, de forma maquinal, sem que se sinta a intenção que a percorre do princípio ao fim. Por isso, para recuperar todo o seu significado original, pode ser útil analisar, uma por uma, as palavras que a conformam.

Quem compôs esta prece estava vivamente marcado por misérias da vida humana. Nesta prece "bradamos" como "degredados", "suspiramos gemendo e chorando", vemos o mundo como "um vale de lágrimas", como um "desterro". Entretanto, essa visão da vida acaba dissolvendo-se num sentimento de esperança que a ultrapassa e domina.

Com efeito, se ao considerar a condição humana, o autor da prece só vê motivos de tristeza, ao fixar sua atenção naquela a quem a dirige, mostra-se animado por um horizonte de expectativas reconfortantes e consoladoras, pois ela, a Virgem Maria, é "Mãe de misericórdia", "Vida, doçura, esperança", "Advogada" de "olhos misericordiosos".

Captaremos melhor esta oração se lembrarmos quem a compôs e em que circunstâncias. Ela é atribuída ao monge Hermannus Contractus que a teria escrito por volta de 1050, no mosteiro de Reichenan, na Alemanha. Eram tempos terríveis aqueles na Europa central. Sucessivas calamidades naturais, destruindo as colheitas, epidemias, miséria, fome e a ameaça contínua dos povos nómadas do Leste que invadiam os povoados, saqueando e matando.

Frei Contractus tinha consciência da infortunada época em que vivia, mas tinha outras razões, além das agruras da vida de seus contemporâneos, para a aflição e o desconsolo. E não podia fechar os olhos para elas, pois carregava-as no seu corpo, ele nascera raquítico e disforme; adulto, mal conseguia andar e escrevia com dificuldade, de mirrados que eram os dedos das suas mãos.

Foi no fundo de todas as misérias, as próprias e as alheias, que a alma de Frei Contractus elevou à "Rainha dos Céus" esta prece, mescla de sofrimento e esperança, que é a "Salve Rainha".

Contam que, no dia do seu nascimento, ao constatarem o raquitismo e má formação do bebê, seus pais caíram em prantos. Sua mãe Miltreed, mulher muito piedosa,ergueu-se então do leito e, lá mesmo, consagrou o menino à Mãe de Deus. Consagrado a Ela, foi educado no amor e na confiança em relação a Ela. E, anos mais tarde, foi levado de liteira, por ser deficiente físico, até o mosteiro de Reichenan, onde com o tempo chegou a ser mestre dos noviços, pois o que tinha de inapto seu corpo, tinha de perspicaz seu espírito.

Quando veio a ser conhecida pelos fiéis, a "Salve Rainha" teve um sucesso enorme, e logo era rezada e cantada por toda parte. Um século mais tarde, ela foi cantada também na catedral de Espira, por ocasião de um encontro de personalidades importantes, entre elas, a do imperador Conrado e a do famoso São Bernardo, conhecido como o "cantor da Virgem Maria", pelos incendidos louvores que lhe dedicava nos seus sermões e escritos, ele que foi um dos primeiros a chamá-la de "Nossa Senhora". Dizem que foi nesse dia e lugar que, ao concluir o canto da "Salve Rainha", cujas últimas palavras eram "mostrai-nos Jesus, o bendito fruto do vosso ventre", no silêncio que se seguiu, ouviu-se a voz potente de São Bernardo que, num arrebato de entusiasmo pela mãe do Senhor, gritou, sozinho, no meio da catedral: "Ó clemente, ó piedosa, ó doce e sempre Virgem Maria"... E a partir dessa data estas palavras foram incorporadas à "Salve Rainha" original.

Nos quase mil anos que se passaram desde que Herman Contractus compôs a "Salve Rainha" uma multidão incontável de fiéis tem se identificado como os sentimentos que ela expressa, vivendo desde sua aflição à doce esperança que inspira sempre a amável Mãe do Nosso Salvador.


Profissão de Fé - Creio

A profissão de fé nasceu na Igreja como recapitulação válida da mensagem transmitida pelos apóstolos. Todos aqueles que, por ocasião do seu Baptismo, são interrogados sobre a sua fé, confessam com as mesmas palavras a sua pertença a Deus Pai, a Jesus Cristo, seu Filho e ao Espírito Santo
O Credo é uma fórmula doutrinária ou profissão de fé. No Cristianismo, também é conhecido como símbolo dos apóstolos. A palavra tem origem na palavra credo que significa creio.
O credo era a princípio uma proclamação batismal enunciada pelo catecúmeno, contendo as proposições objeto da fé na qual estava sendo admitido o batizado. Em 325, passou a ser uma síntese dos dogmas da fé promulgada pela autoridade eclesiástica, através do Concílio de Nicéia (I). A primeira formulação do tipo credo encontra-se no original de uma carta (c. 225) do bispo Marcelo de Ancyra. De uma tradução, com algumas alterações, do credo de Ancyra se deriva o credo latino ainda hoje adotado.

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©2007 '' Por Elke di Barros